Como o minimalismo me salva da loucura

Fotografia por Annie Spratt via Unsplash

Sim, é verdade. Ter optado por me aventurar no minimalismo, tem me ajudado a lidar com a "loucura" do dia-a-dia de mãe solteira! E não sou a única por ai! Por todo o espaço cibernético encontramos muitos exemplos de famílias cujo minimalismo tem contribuído para verdadeiras revoluções.

Andar num constante malabarismo entre manter a casa limpa e habitável, comprar comida e preparar refeições, cuidar das roupas, levar e buscar à escola (aqui com muita gratidão à C. pelas boleias), gerir o trabalho, lidar com os momentos mais desafiadores, cuidar de mim,... não é pêra doce!

Aproveitando o facto que mudei de casa (2 vezes em 2 anos!), optei por reduzir muito o que tenho, mantenho o essencial e aquilo que gosto. Optei também transformar o meu guarda roupa num guarda roupa cápsula, passo regularmente revista ao que tenho, e tudo aquilo que já não faz sentido, é livre de seguir o seu caminho, com muita gratidão pelo que me proporcionou.

Com a minha filha é que a situação complica um pouco e a redução de brinquedos tem sido mais lenta. Aceito também que as minhas necessidades sejam diferentes das suas, o que resulta em muito diálogo, alguns acordos e muito respeito pelo espaço de cada uma.

Ter feito esta opção ajuda-me a gerir tudo de um modo mais tranquilo e sinto que me ajuda a relaxar um pouco mais com as minhas listas "to do", aceitando com menos stress, quando alguns pontos acabam por transitar de um dia para o outro (ou mesmo de uma semana para a outra!).

É uma escolha entre qualidade versus quantidade. E o facto de ter menos, ajuda-me a ser mais... a ser mais presente com a minha filha, a ser mais presente nas tarefas que tenho a fazer, a ser mais presente e bondosa comigo mesma. Quando tenho o meu espaço exterior simplificado, essa tranquilidade e fluidez ajuda-me internamente a estar mais calma e mais presente.

Temos a loiça necessária para uso diário das duas, com alguns extras para convidados; a roupa é a necessária para ir circulando entre vestir, lavar e secar; os móveis, tapetes e artigos decorativos são também reduzidos o que significa passar menos tempo a limpar e a cuidar da casa.

Com menos coisas e com cada uma no seu sítio, poupo também muita energia mental na hora de arrumar e quando procuro alguma coisa, já está tudo em automático e nem preciso pensar "onde estão as chaves do carro?"

Ter uma vida mais simples e frugal significa também estar mais atenta e selectiva ao que tenho em meu redor. Tem me ajudado também nas compras e a fazer opções mais conscientes. E claro que ajuda muito as finanças cá de casa.

E o que mais me inspira é que o minimalismo é um caminho muito pessoal em que cada um vai minimizando de acordo com as suas necessidades, com o que o faz feliz, e com aquilo que lhe proporciona mais tranquilidade e paz de espírito.

Eu estou rendida!  🙂

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Organizadora Profissional

Sou a Margarida, Doula das Casas, Especialista em Organização de Espaços residenciais e empresariais. A Acredito que ao organizar fora estamos também a organizar dentro; que ao deixarmos ir o que já não serve, estamos a abrir espaço para o novo; que ao respirar e alongar, deixamos que a nossa casa e o nosso corpo se liberte do que bloqueia e que tudo passe a ser mais fluído…